CABEÇA-DE-CUIA
Crispim
era um pescador que vivia da pesca nas águas do rio Parnaíba e habitava
as suas margens, nas imediações em que o rio recebe as águas do Poti,
zona norte de Teresina. Morava com a mãe, já velha e adoentada. Cetra
vez, depois de passar um dia inteiro sem nada conseguir pescar, Crispim
volta para casa cheio de frustração e revolta. Pede à mãe alguma coisa
para comer, e esta lhe serve o que tinha: uma rala sopa de osso.
Irritado, Crispim grita que aquilo é comida para cachorro, e em seguida
pega o osso e parte para cima da mãe, atingindo-a várias vezes.
Desesperado, o pescador sai correndo porta afora e joga-se nas águas do
rio, enquanto a mãe, agonizando, lança-lhe uma maldição: haverá de se
transformar em um terrível monstro, que só descansará quando lhe forem
sacrificadas sete virgens chamadas Maria.
Crispim
se transforma no Cabeça-de-Cuia, que surge do fundo das águas para
assustar as lavadeiras e ameaçar os pescadores que pesquem em excesso,
além do que precisam. Dizem que, durante a noite, o Cabeça-de-Cuia se
transforma num velho e sai vagando pelas ruas de Teresina.
Cabeça-de-Cuia
Letra e música: Pedro Silva
Remeiro valente do rio Parnaíba
Que rema a canoa pra baixo e pra riba
Que brinca com a morte e tem pouca sorte
Desprezando a vida contente a lidar
Remeiro valente lá do meu sertão
Que afronta a torrente e sorri do trovão
Que rompe o balseiro no mês de janeiro
Nas grandes enchentes que descem pro mar
Já viste o cabeça-se-cuia apontar
No meio do rio e depois afundar?
É o filho maldito por pragas aflito
Castigo tremendo que a lenda sagrou
Se vires um dia a cujuba surgir
No meu do rio e depois imergir
Não é ilusão, é assombração
A alma maldita, Crispim pescador
Letra e música: Pedro Silva
Remeiro valente do rio Parnaíba
Que rema a canoa pra baixo e pra riba
Que brinca com a morte e tem pouca sorte
Desprezando a vida contente a lidar
Remeiro valente lá do meu sertão
Que afronta a torrente e sorri do trovão
Que rompe o balseiro no mês de janeiro
Nas grandes enchentes que descem pro mar
Já viste o cabeça-se-cuia apontar
No meio do rio e depois afundar?
É o filho maldito por pragas aflito
Castigo tremendo que a lenda sagrou
Se vires um dia a cujuba surgir
No meu do rio e depois imergir
Não é ilusão, é assombração
A alma maldita, Crispim pescador
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